Um Modelo de negócio é uma ferramenta gerencial muito utilizada por organizações de todos os tipos e porte. Serve para descrever, de forma resumida, a lógica para a criação, entrega e captura de valor com um empreendimento. Essa descrição está no livro “Business Model Generation”, publicado em 2011, de autoria de Alexander Osterwalder e Yves Pigneur. Neste livro os autores descreveram o “Business Model Canvas que é um modelo de negócio visual, muito prático e intuitivo.
Uma organização que utiliza inteligência gerencial para estruturar suas estratégias frequentemente lança mão de ferramentas gerenciais consagradas no mercado. As mais conhecidas são Análise SWOT, 5 Forças de Mercado, Matriz BCG, Estratégia Oceano Azul e Modelos de Negócio. Todas elas acabam indicando ações que precisam ser tomadas por uma organização em um dado momento ou período. Para que essas ações surtam o efeito desejado, precisam ser gerenciadas, monitoradas e controladas.
O Business Model Canvas é uma ferramenta que proporciona que as ideias sejam representadas em nove blocos. Em conjunto, essas informações formam o conceito de um empreendimento, demonstrando como a organização irá operar e gerar valor. Assim, o modelo auxilia na definição dos principais componentes de um negócio, permitindo a análise e visualização de seu funcionamento.
Um produto ou serviço, para atender a um certo segmento de clientes, precisa possuir atributos ou uma proposta de valor. Ao se interessarem e comprarem o produto ou serviço, esses clientes estarão gerando um fluxo de receita para a organização. Mas antes disso, é necessária uma etapa de produção, que irá precisar de recursos executando atividades importantes. Além disso, a organização precisa contar também com o auxilio ou suporte de fornecedores ou parceiros entregando insumos e serviços.
A execução das atividades chave pelos recursos e a participação dos parceiros custa dinheiro para a organização. Esta é a estrutura de custo, em contra partida com o fluxo de receita forma o resultado de negócio. Também é preciso pensar no relacionamento com o cliente e nos canais de distribuição, tornando o produto conhecido e acessível.
Toda ideia, para sair do papel precisa de ações que a materializem. Assim, são necessários recursos como materiais, equipamentos e profissionais, para realizarem as tarefas e entregarem o que é necessário para entrar em operação. Esses recursos podem ser mais bem gerenciados na forma de projetos, pois as atividades normalmente possuem início e fim definidos. Diferente do próprio empreendimento que quando iniciar sua operação irá produzir o produto ou serviço de forma contínua.
Os principais projetos que podem ser observados na maioria dos modelos de negócio são:
Quando pensamos nos custos para implantar um novo empreendimento, na verdade estamos pensando nos custos de todos esses projetos. A gestão integrada desses projetos em um portfólio faz com que tudo seja realizado em tempo. Assim, a inauguração do novo negócio ou início da operação acontece de forma mais tranquila, evitando aborrecimentos e custos adicionais.
Além dos projetos derivados diretamente da implantação de um novo negócio, uma análise estratégica pode gerar outras necessidades. As organizações laçam mão frequentemente de projetos para se posicionarem frente ao mercado, aproveitando oportunidades ou se protegendo de ameaças. Esses projetos podem derivar da análise SWOT em um modelo de negócio, avaliando as forças necessárias para aproveitar as oportunidades. Por outro lado, podem se beneficiar da avaliação das fraquezas que precisam ser minimizadas para evitar as ameaças.
Outra avaliação estratégica normalmente utilizada pelas organizações é a Análise do Oceano Azul, mais precisamente o modelo das quatro ações. Nessa análise uma organização analisa um novo empreendimento visando eliminar ou reduzir custos com itens pouco valorizados pelos clientes. Da mesma forma, procura aumentar ou criar valor que seja percebido por esse público. Para operacionalizar essas ações é importante estruturá-las também em forma de projetos, fazendo com que sejam coordenadas entre si e com todos os outros projetos necessários para o empreendimento.
Todo projeto é um empreendimento, e precisa ter um objetivo que traduza uma proposta de valor e que gere benefícios. Afinal ele custa dinheiro para a organização que o faz visando algum resultado. Mas ao contrário, um empreendimento pode demandar vários projetos, que devem ser gerenciados de forma integrada para gerarem os resultados esperados.
Isso tem tudo a ver com o que afirmei no artigo “Gestão de projetos – Como descomplicar para obter melhores resultados”. Nele eu disse que a gestão de projetos é responsável pela implantação das estratégias.
Mas para que a estratégia de fato aconteça, é importante é que todos os projetos caminhem para a mesma direção. Em um portfólio estratégico, os projetos devem possuir objetivos integrados visando a geração de valores e benefícios do negócio de forma geral.
Você consegue pensar em um novo negócio e visualizar os projetos que precisa executar para a sua realização?
Quais outros projetos você poderia dar de exemplo na formatação de um novo empreendimento?
Deixe seu comentário e contribua com essa discussão.
Artigo publicado originalmente em 01 de agosto de 2016
Bons Projetos e bons negócio!
Paulo Mei
Deixe aqui seu comentário com uma conta Facebook ou logo abaixo, com uma conta de e-mail: