Olá, como vai? Estamos começando mais um ano e com expectativas renovadas. Acabo de conquistar mais um título, o de Mestre pela FEA/USP e quero compartilhar com vocês parte dos estudos que levaram à minha dissertação, defendida no final do ano passado. O tema foi FATORES COMPORTAMENTAIS FACILITADORES DA GESTÃO DE PROJETOS. Um dos assuntos analisados no referencial teórico foi o Framework PMCDF (Project Manager Competency Development) do PMI, em sua terceira edição publicada em 2017. O post de hoje faz parte de uma série que pretende desvendar essa importante publicação e propiciar sua aplicação prática para melhorar ainda mais o ambiente de projetos de sua organização.
O objetivo do PMCDF é fornecer uma estrutura para a definição, avaliação e desenvolvimento das competências dos profissionais para lidarem com o gerenciamento de projetos, programas e portfólios. Ele define as dimensões-chave das competências e identifica quais são mais suscetíveis de impactar o desempenho da atividade gerencial.
O PMCDF descreve três tipos de competências necessárias para os gerentes de projetos, programas e portfólios. São elas:
Segundo o PMCDF Framework, para ser plenamente reconhecido, um gerente de projetos, programas ou portfólios precisa atender cada uma dessas três competências.
Como minha dissertação foi centrada no conhecimento e desenvolvimento dos fatores comportamentais que possam contribuir com a gestão de projetos, e como a atividade de gerenciamento de projetos é uma atividade profissional orientada a pessoas, vou inverter a ordem dos fatores como apresentados no PMCDF e começar pela Competência Pessoal, nesse primeiro post.
É muito importante que o gestor tenha habilidades que permitam uma eficiente interação com os demais envolvidos. Segundo o PMI, o desenvolvimento da competência pessoal aumenta a habilidade do gestor na aplicação do conhecimento e em seu desempenho. Segundo o Framework do PMI, as competências pessoais podem ser agrupadas em seis elementos:
Cada um desses elementos primários pode ser desmembrado em elementos secundários, necessários para o bom desempenho nas competências pessoais, conforme alguns exemplos listados a seguir:
Competências de Comunicação:
Competências de Liderança:
Competências de Gerenciamento
Habilidade Cognitiva
Eficácia
Profissionalismo
Cada um desses itens é descrito no anexo do Fremework PMCDF através de seus critérios de desempenho, possíveis expectativas, fonte de evidências e exemplos, não deixando margem de dúvida quanto a aplicabilidade de cada um dos elementos.
O PMI reconhece que as competências pessoais são difíceis de serem medidas por não guardarem necessariamente relacionamento direto com o desempenho nas atividades do projeto, dependendo na maioria das vezes da percepção dos demais envolvidos como partes interessadas e time do projeto em relação ao gerente de projetos.
Nos próximos posts, ainda sobre o Framework PMCDF, irei descrever a competência de conhecimento e a de desempenho, e na última publicação dessa série vou demostrar como a avaliação das competências necessárias para a organização pode gerar um plano de desenvolvimentos dos recursos de gerenciamento, levando em consideração o nível de conhecimento dos profissionais e os gaps a serem corrigidos.
A sua organização trata o desenvolvimento das competências pessoais ou comportamentais? Há algum plano estruturado de desenvolvimento com base em avaliações das necessidades ou apenas disponibiliza treinamentos padrão, normalmente abordando mais os aspectos técnicos?
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Bons Projetos!
Paulo Mei
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