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Seja lá como for, aprender por necessidade ou curiosidade é um processo. Por ele, as competências, habilidades, conhecimentos, comportamento ou valores são adquiridos ou modificados, como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação.

Estilos de Aprendizagem

Podemos aprender por necessidade ou curiosidade, mas cada um adquire conhecimentos de uma forma particular, respeitando o ritmo e estilo próprio. Essas são as principais categorias que representam os diferentes estilos de aprendizagem:

• Visual: aprendizagem através de estímulos visuais como sinais, imagens etc.
• Auditiva: uso da audição para o aprendizado, como em músicas, palestras etc.
• Leitura ou escrita: aprendizagem através de textos
• Ativa: aprendizagem através do fazer, como em trabalhos, workshops etc.
• Olfativa e gustativa: desenvolvimento através do cheiro ou gosto, como na escolha de perfumes, em degustações etc.
• Sinestésico: Aprendizagem através dos estímulos táteis.

Na verdade, nos possuímos a capacidade de aprender em todos esses estilos. Cada um possui um equilíbrio diferente, apresentado preponderância em um ou outro estilo, em detrimento dos demais.

Há um consenso de que, ao resolver problemas complexos, o trabalho colaborativo pode promover conhecimentos mais apurados. Isso acontece devido a interação e ajuda mútua dos participantes, ainda mais se considerarmos a possibilidade de unirmos diferentes estilos de aprendizagem em torno de uma mesma questão.

Formas de Aprendizagem

Além dos diferentes estilos, há também diferentes formas de aprendizagem. São elas:

• Associativa, através de comparações
• Condicionada, através de recompensas ou castigos
• Reflexiva, desenvolvendo o pensamento e a ação através da prática

Mas não se esqueça que há uma sequência natural de aprendizado que todos nos devemos passar para alcançarmos a plena compreensão de um determinado assunto ou tarefa a ser executada, como expliquei em meu post “Conheça as 4 fases do aprendizado e fique menos estressado no início de seus projetos”.

Segundo o psiquiatra norte-americano William Glasser, a capacidade de absorção de conhecimento pelo ser humano varia conforme o estilo e forma de aprendizado, como propõe em seu livro “Teoria da Escolha” uma ideia otimista. Segue abaixo uma visão extraída do livro sobre o quanto conseguimos absorver de conhecimento em relação a diferentes atividades.

Alguns fatores podem colaborar com a aprendizagem, como conhecimentos anteriores e a disponibilidade e quantidade de informação. Também a diversidade de abordagens de ensino e um planejamento do estudo ajudam bastante na busca pelo conhecimento. Mas nada disso funciona se não houver MOTIVAÇÃO.

Aprendemos melhor e mais depressa quando estamos interessados pelo assunto em questão, pois nos empenhamos e adotamos uma postura ativa em relação ao aprendizado.

Aprender por Necessidade ou Curiosidade

O ser humano possui basicamente dois motivos ou duas motivações. Pode aprender por necessidade ou curiosidade.

A curiosidade é a melhor das motivações, pois nos possibilita descobrir coisas e criar soluções antes mesmo de um problema existir.

Leia mais no artigo “Gestão de projetos – Como descomplicar para obter melhores resultados”.

“A curiosidade é mais importante que o conhecimento.”

– Albert Einstein –

Já a necessidade, que também é impulsionadora de conhecimento, é reativa, ou seja, nos empurra para descobrirmos alguma coisa ou criar alguma solução para algum problema que já existe e que já está nos incomodando.

Considerando que tudo o que aprendemos ou sabemos só foi o suficiente para nos trazer até onde estamos agora, podemos dizer que o aprendizado por necessidade não é um grande facilitador do progresso, pois na maioria das vezes acomoda.

O aprendizado por curiosidade está sempre a frente, proporcionando conhecimentos que nem sabemos como utilizar ainda ao certo, mas que em um dado momento pode se juntar com outros conhecimentos já adquiridos e fazer todo o sentido para inventar facilidades, melhorar o desempenho em alguma atividade etc.

“A velhice começa quando se perde a curiosidade”

– José Saramago –

O fato é que conhecimento não ocupa espaço. Mesmo que a curiosidade não leve a nada, também não irá prejudicar. Já a situação de se ver diante de um problema que você não tem a menor noção de como resolver só por que não tem conhecimento, essa sim é constrangedora e por vezes até perigosa.

Veja por exemplo as pessoas que estão agora fazendo meu Treinamento PM Mind Map®, a gestão descomplicada de projetos. Trata-se de um modelo visual para o gerenciamento de projetos de forma mais intuitiva e sem burocracia. A maioria dos inscritos não conhecia o modelo e se já tinha ouvido falar, provavelmente foi por mim mesmo em algum outro post ou vídeo. O fato é que a curiosidade sobre o novo, no caso um novo modelo de gestão de projetos, fez com que eles se movessem em busca de conhecimento, que eles ainda nem sabem se irão utilizar, mas que com certeza irá agregar de alguma forma em suas vidas profissionais.

A curiosidade prepara o cérebro para o aprendizado

A curiosidade é o desejo de aumentar o conhecimento explorando o universo, desvendando dessa forma, o desconhecido. É uma importante característica natural do ser humano, principalmente quando se fala em exploração, investigação e aprendizado. Pode ser considerada a grande força que trouxe o homem da idade da pedra para os padrões de hoje e que está sempre nos desvendando um futuro novo, cheio de inovação, tecnologia e conforto.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram recentemente que a curiosidade prepara o cérebro e torna a aprendizagem mais gratificante. Os experimentos foram realizados através de ressonância magnética em um grupo de participantes expostos a questões triviais. O objetivo era saber o que estava acontecendo no cérebro deles quando se sentiam curiosos sobre as respostas.

É fácil aceitar que lembramos mais facilmente assuntos de nosso interesse. Mas o estudo constatou que a curiosidade também ajuda a aprender informações que não consideramos tão interessantes ou importantes, por nos colocar em um estado que nos permite aprender e reter qualquer tipo de informação, estimulando o aprendizado.

Além disso os pesquisadores descobriram no experimento que quando a curiosidade é aguçada, há um aumento da atividade no hipocampo, que é a região do cérebro envolvida na criação de memórias, e também na parte do cérebro relacionada à recompensa e ao prazer, o mesmo que é estimulado quando conseguimos algo que realmente gostamos, como doces ou dinheiro.

“Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas”

– Confúcio –

Com isso constatamos que a curiosidade é de fato a mola propulsora do conhecimento e, consequentemente, do desenvolvimento. O próximo passo é descobrir como estimular este comportamento. Uma das formas mais comuns e fáceis de se aplicar é uma boa pergunta. Então aí vai:

O que você tem aprendido nos últimos tempos? Esse aprendizado tem lhe dado prazer, independente dos resultados que ele ainda possa lhe proporcionar no futuro?

Deixe seu comentário no espaço abaixo. Compartilhe com a gente suas experiências, para levarmos esse assunto para um número maior de colegas.

Bons Projetos!

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