Competências para a nova gestão de projetos

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Será que as competências necessárias hoje para a gestão moderna de projetos são muito diferentes das competências necessárias 20 anos atrás?

Além da complexidade dos projetos e da evolução dos ambientes gerenciais, há ainda a diversidade dos relacionamentos humanos.

 

 

Competências técnicas, profissionais e humanas sempre foram necessárias, mas em doses diferentes. Antigamente a competência técnica para a gestão eficiente do escopo, cronograma e custos era garantia de sucesso. Entretanto, hoje o escopo muda a cada instante e prazos e custos são apenas referências.

Mudança de Contexto

Os ambientes organizacionais estão evoluindo cada vez mais rápido. Da primeira revolução industrial para a segunda houve uma lacuna de aproximadamente 100 anos. Por outro lado,  entre a penúltima com a introdução da tecnologia para a última com o uso da inteligência artificial levou-se menos de 40 anos. Em 5 ou 10 anos metade das profissões atuais deixarão de existir, desenhando um novo perfil organizacional. Assim, muitas das 100 maiores empresas de hoje nem existirão mais e novas empresas com produtos e serviços que nem imaginamos tomarão seus lugares.

Neste contexto efervescente, é preciso mudar sempre, até para permanecer no mesmo lugar. Em outras palavras, como mencionei no post Adaptabilidade – Gestão Darwiniana de Projetos”, o bom profissional precisa se adaptar constantemente para sobreviver às mudanças.

Competências Técnicas

Competências Técnicas

As competências técnicas estão associadas ao chamado hard skill. Ou seja, são os conhecimentos necessários para a aplicação de processos, ferramentas e técnicas destinadas à execução de atividades e gestão. O PMI possui uma publicação chamada PMCDF que corresponde à sigla de Project Manager Competency Development. Em tradução livre para o português significa desenvolvimento das competências para o gerenciamento de projetos. Nesta publicação as competências técnicas são chamadas de competências de conhecimento.

No meu artigo “PMCDF – Competência de conhecimento” eu expliquei que essa competência, para o PMI, está relacionada ao conjunto de melhores práticas descritas no Guia PMBOK®.

Mas o conhecimento não se restringe ao modelo de gerenciamento de projetos do PMI. Da mesma forma, os modelos ágeis também possuem seu conjunto de conhecimento que é muito significativo. Outros processos, ferramentas e técnicas relativas à gestão de um modo geral também fazem parte do hall de conhecimentos que um bom profissional deve ter.

 




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Competências Profissionais

No passado as divisões departamentais em uma organização eram muito mais rígidas. Assim, cada gestor detinha autonomia sobre sua área e os recursos sob seu comando atendiam estritamente às suas orientações. Com o passar do tempo os projetos horizontais ou interdepartamentais tomaram cada vez mais espaço no ambiente corporativo. Como resultado, os gestores das atividades operacionais passaram a dividir recursos e orçamentos com os gestores dos projetos. As divisas departamentais também ficaram mais tênues e a antiga autoridade máxima do responsável por uma área deixou de existir.

Neste novo ambiente muito mais complexo, entender a estrutura organizacional e todos os seus movimentos passou a ser fundamental. Assim, é muito importante saber transitar na política da empresa e ter visão estratégica. Isso faz parte das competências profissionais que é a capacidade de obter resultados independente do contexto. Os interesses muitas vezes são conflitantes e forças políticas derivadas de relacionamentos nem sempre explícitos podem colocar um projeto ou atividade em risco. O bom profissional compreende essas forças e os caminhos da estrutura organizacional. Assim, pode negociar acordos que facilitem a execução de suas atividades independente da vontade (ou falta de vontade) alheia.

Competências Humanas

Competências humanas

As competências humanas são aquelas relacionadas às interações entre as pessoas. Tanto no mundo corporativo quanto em qualquer ambiente, seja acadêmico, social ou familiar, as diferentes ações são realizadas em conjunto. Poucas coisas ou atividades são estritamente pessoais a ponto de não depender de mais ninguém para realizar. Na vida profissional isso é ainda mais evidente. Pessoas interagem em um departamento ou projeto para a realização das tarefas. São pessoas também que interagem entre organizações para as negociações de compra, venda ou parcerias. Enfim, o relacionamento humano está por toda a parte e as características pessoais interferem definitivamente em tudo o que fazemos.

Como escrevi no artigo PMCDF – Competência Pessoal”, é fundamental desenvolver habilidades que permitam uma eficiente interação com os envolvidos nas atividades.

O profissional competente é o que consegue lidar com pessoas entendendo a si mesmo e os demais.  É preciso conhecer as atitudes, comportamentos, influências culturais e características pessoais pois tudo isso pode interferir nas atividades em grupo. E essa interferência pode ser determinante entre o sucesso e o fracasso na obtenção de resultados.

Competência de Inovação

As competências técnicas, profissionais e humanas são realmente indispensáveis em qualquer contexto. Mas o profissional mais valorizado hoje em dia é o que consegue juntar todas estas em uma ainda mais importante. A competência de inovação é a que mais está fazendo a diferença hoje em dia, com a velocidade das mudanças.

Organizações de todos segmentos precisam acompanhar as constantes evoluções para não se tornarem obsoletas, e isso vale também para os profissionais. A tecnologia muda muito rapidamente e também o que a sociedade espera das empresas com seus produtos e serviços. Portanto a capacidade de inovar é fundamental para o sucesso ou manutenção de um empreendimento.

Mas a inovação não está nas organizações e sim em seus profissionais. São eles que acompanham as tendências de mercado, desenvolvem novas soluções e se alimentam de informações para terem novas ideias. Assim conseguem antever oportunidades que são transformadas em novos negócios.

O profissional inovador deve ser curioso, atento às tendências de mercado e pesquisador, além de saber perguntar e ser arrojado. Portanto, deve se valer de todo tipo de informação e utilizar sua criatividade e disposição para testar e aprender sempre. Este profissional, extremamente valorizado, é movido por desafios e tem habilidade para desenvolver novas alternativas além de coragem e perseverança para executá-las.

 

 

O CHA da questão

CHA é um acrônimo formado pelas iniciais de três conceitos: Conhecimento, Habilidade e Atitude.

Os conhecimentos ou competências discutidas neste artigo não significam nada se não forem colocadas em prática em benefício dos projetos. Portanto, o profissional precisa treinar, ganhando experiência para desenvolver habilidades que permitam que ele utilize corretamente seus conhecimentos. Além disso, precisa ter vontade de realizar o novo, de assumir desafios, enfim de obter excelentes resultados, pois o bom já não é mais suficiente.

No artigo que escrevi sobre Competência de Desempenho, eu apresentei o CHA como sendo o tripé da competência. Conhecimento, habilidade e atitude representando o equilíbrio entre o saber, o saber fazer e o querer fazer.

Agora quero saber sua opinião

Sua organização é inovadora e estará em destaque nos próximos anos ou é uma das que serão extintas? Você está engajado nos projetos de inovação de sua empresa ou pelo menos está buscando um ambiente mais inovador?

Conte pra gente quais conhecimentos você vem adquirindo para se tornar um profissional com as competências valorizadas pelo mercado.

Deixe seu comentário para contribuir com esta discussão.

Bons Projetos e bons negócios.

Paulo Mei

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1 Comentário

  1. JamesHooca disse:

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